Em entrevista exclusiva à ESPN, nesta quinta-feira (5), o presidente do São Paulo, Julio Casares, saiu em defesa do departamento médico do clube tricolor.

Questionado sobre as constantes críticas dos torcedores ao DM, em mais uma temporada em que a equipe voltou a sofrer com lesões em série, o dirigente subiu o tom e culpou fatores externos.

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De acordo com Casares, o calendário maluco do futebol nacional, somado a fatores como gramados ruins, causam cada vez mais contusões, sendo muito difícil evitar o problema.

“(A janela de transferências do São Paulo) Foi dentro do que imaginamos e dentro do possível. Claro que eu gostaria de ter uma janela maior, já que as lesões são uma realidade. Mas, quando acontece no São Paulo, até o departamento médico é questionado… E hoje estou vendo que é generalizado”, disse.

“É calendário, campo ruim, viagens longas, tudo ajuda (a ocasionar lesões)… Tem que jogar, tem que treinar… Quando acontece só com nosso time, a gente fala do departamento médico, da fisioterapia, da recuperação, mas isso é uma questão ampla”, analisou.

Para ilustrar seu ponto, o dirigente citou a gravíssima lesão do atacante Pedro, do Flamengo, durante treino da seleção brasileira, na última quarta-feira (4).

Julio Casares durante entrevista coletiva no CT do São Paulo Vinicius Nunes/Agencia F8/Gazeta Press

Como mostrou a ESPN, o Rubro-Negro teme ficar sem o atacante por até 10 meses após o rompimento do ligamento cruzado anterior do artilheiro.

Para Casares, o fato de Pedro ter se machucado mesmo treinando no CT do Caju, considerado um dos melhores do país, mostra que o calendário insano acaba gerando lesões.

“Ontem [quarta], o Pedro se machucou em um treino da seleção brasileira. Será que não é excesso de jogo? Claro, eu não tenho dúvidas de que é”, salientou.

Antes da contusão, o atleta vinha em temporada espetacular pela equipe da Gávea, com 30 gols e 8 assistências em 42 partidas – números que referendaram seu retorno à seleção brasileira.

Pedro durante treino da seleção brasileira, em 4 de setembro de 2024 EFE/André Coelho